Felipe Feistler, country manager da Shein, pretende atingir 85% de market share em 2 anos com 15 mil vendedores brasileiros e estratégia cross-border.
A produção local é um aspecto fundamental para a Shein no mercado brasileiro, representando mais da metade de seus produtos vendidos. Felipe Feistler, country manager da varejista chinesa, revelou durante sua participação no South Summit Brazil, em Porto Alegre, que a empresa pretende aumentar ainda mais a produção local nos próximos anos, com a meta de alcançar 85% em até dois anos.
Além de enfatizar a importância da produção local, a Shein também destaca a valorização da fabricação nacional e manufatura local. A estratégia da empresa visa fortalecer a economia do país e promover a sustentabilidade no mercado de moda, com um olhar atento para o crescimento sustentável e responsável. A aposta da Shein em iniciativas de fabricação nacional e manufatura local reflete seu compromisso em contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.
Produção local impulsiona Shein no mercado brasileiro
‘Hoje, já temos 15 mil vendedores brasileiros no marketplace e 300 fábricas‘, disse Feistler. A Shein tem um acordo com a Coteminas, do empresário Josué Gomes da Silva, que também é o presidente da Fiesp, a federação que reúne a indústria paulista. Seguindo uma estratégia cross border, a Shein está apostando cada vez mais na produção local e na parceria com fabricantes locais.
Expansão com fabricação nacional e manufatura local
Pelo acordo com a Coteminas, empresa referência no setor têxtil, a Shein pretende incentivar cerca de 2 mil clientes confeccionistas a se tornarem fornecedores, ampliando assim sua presença no mercado brasileiro e na América Latina. Essa estratégia tem contribuído para o crescimento expressivo da empresa, como indicado pelo relatório do BTG Pactual, que apontou um faturamento de R$ 10 bilhões em 2023, representando um aumento de mais de 40% em relação ao ano anterior.
Competitividade no cenário local e nacional
A presença de fabricantes locais no marketplace da Shein tem gerado uma mudança significativa no cenário varejista brasileiro, levando a uma competição desleal com varejistas tradicionais. A resistência por parte dos varejistas locais tem sido um desafio para a empresa, que busca manter sua estratégia de expansão, respeitando as leis do país e, ao mesmo tempo, enfrentando a concorrência no mercado nacional.
Estratégia de mercado e desafios tributários
Apresentando no South Summit Brazil, Feistler destacou a importância de incluir vendedores do Brás e de outras regiões do Brasil no marketplace da Shein. A empresa enfrenta, no entanto, obstáculos referentes a questões tributárias, como evidenciado por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, que enfatizou a disparidade de impostos entre varejistas nacionais e estrangeiros, afetando a competição no mercado brasileiro.
A expansão global e a valorização da produção local
Com planos de abrir seu capital nos Estados Unidos em 2024, a Shein se destaca no cenário varejista internacional, mantendo seu foco na produção local e na parceria com vendedores brasileiros. A valorização da manufatura nacional e da fabricação local reflete a estratégia de crescimento da empresa, que busca equilibrar a expansão global com as demandas do mercado brasileiro, enfrentando desafios como a competição desleal e questões tributárias.
Fonte: @ NEO FEED
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