São Paulo possui quase 60 mil imóveis novos à venda, segundo Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário, abrangendo diversos setores do mercado.
São Paulo está com uma oferta interessante de imóveis novos disponíveis para venda, segundo a Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário (PMI). São quase 60 mil imóveis disponíveis, sendo a maioria com menos de 45m². A diversidade de opções é um ponto a ser considerado na hora de escolher o seu novo lar na cidade.
Entre esses imóveis, destacam-se os apartamentos com menos de 30 m². Essas pequenas unidades habitacionais são ideais para quem busca praticidade e conforto em um mesmo espaço. Não deixe de conferir as opções disponíveis e encontrar o imóvel perfeito para você na capital paulista.
Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário
‘Todos os apartamentos que se enquadram no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida estão dentro desse recorte’, argumenta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP. É importante destacar também a relevância do preço. As unidades menores, apesar da valorização da região, apresentam preços mais acessíveis, o que gera uma demanda maior por esses imóveis.
Há um aspecto interessante a ser considerado: o mecanismo do Plano Diretor de 2014, que incentivava os incorporadores a construir unidades sem vagas de garagem para que pudessem ser utilizadas pelos imóveis maiores’, acrescenta. A advogada especializada em Direito Urbanístico, Marcella Martins Montandon, sócia do escritório Duarte Garcia, Serra Netto e Terra, concorda com a avaliação do economista.
‘Até 2014, era mais econômico construir unidades habitacionais com até 50m² de área, devido ao cálculo da outorga onerosa que era de 0,8’, destaca. ‘Além disso, o Plano Diretor de 2014, ao desencorajar a previsão de vagas em empreendimentos próximos a transporte público, considerava a proporção de uma vaga por unidade habitacional como ‘não computável’.
Com isso, houve um aumento significativo de apartamentos pequenos nessas regiões’, analisa. A produção de estúdios em São Paulo tem se mostrado uma forma eficaz de suprir a demanda por unidades habitacionais.
Minha Casa, Minha Vida e a Mudança no Mercado de Imóveis
A pesquisa realizada pelo Secovi-SP aponta que a maioria dos imóveis disponíveis para venda em São Paulo não se encaixam nos critérios do Minha Casa, Minha Vida. Atualmente, 38% dos apartamentos lançados nos últimos 12 meses estão no segmento econômico, enquanto os outros 62% pertencem a Outros Mercados, como o médio e alto padrão. No entanto, há uma tendência de ajuste nesses números.
Em fevereiro, o número de unidades do MCMV lançadas superou as de Outros Mercados, com 63% voltadas para o programa habitacional. Entre as vendas, 53% dos imóveis comercializados em São Paulo foram direcionados ao Minha Casa, Minha Vida. A expectativa de Petrucci é que a participação do MCMV no mercado imobiliário seja ainda maior até o final do ano, em razão das mudanças implementadas no programa.
O Destaque da Zona Sul de São Paulo no Setor Imobiliário
A zona sul da cidade concentra 34% das unidades disponíveis para venda em São Paulo, seguida pela zona oeste (24%) e zona leste (23%). Já o centro da cidade representa apenas 7% dessas unidades. Marcella prevê que o desenvolvimento imobiliário seguirá em direção ao sudoeste de São Paulo, região atrativa devido aos serviços oferecidos e aos investimentos em infraestrutura urbana, como a Operação Urbana Consorciada Água Espraiada e as novas linhas do metrô.
Por outro lado, a região central enfrenta desafios, como o abandono desde a década de 70. A escassez de terrenos sem construção na região central e a falta de incentivos para reformas ou mudanças nos prédios existentes contribuem para essa transição. No entanto, iniciativas como a lei de operação urbana centro e Lei de Retrofit podem estimular o investimento privado e a atração de moradores para a área central, de acordo com Marcella.
Fonte: © Estadão Imóveis
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