Pesquisa europeia: Exércitos físicos melhoram exaustão física e mental em pacientes avançados de câncer de mama, melhorando a qualidade de vida. Treinos personalizados, gerenciamento de sintomas, bicicletas ergométricas, trimestres, questionários de aptidão física e fadiga. (146 caracteres)
A sugestão de se exercitar regularmente está incluída nas diretrizes internacionais para pacientes com doença de mama avançada, porém uma análise feita por especialistas europeus destacou a carência de recomendações específicas para indivíduos diagnosticados com câncer de mama metastático, que frequentemente lidam com fadiga intensa e desgaste emocional.
Além disso, a falta de diretrizes personalizadas para pacientes metastáticos de mama pode impactar negativamente a qualidade de vida dessas pessoas, tornando essencial o desenvolvimento de estratégias de suporte que abordem não apenas o tratamento da doença, mas também o bem-estar físico e emocional dos indivíduos afetados.
Estudo Internacional sobre Treinamento para Pacientes com Doença de Mama Avançada
Em uma pesquisa multicêntrica recente publicada na revista Nature Medicine, um grupo de pesquisadores descobriu que os treinos são essenciais para pacientes com doença de mama avançada, trazendo benefícios significativos para melhorar a qualidade de vida. O estudo envolveu 355 mulheres e dois homens com câncer de mama metastático, com idade média de 55 anos, que foram divididos em dois grupos: um grupo de controle que recebeu orientações gerais sobre atividade física e outro que participou de um programa de treinamento personalizado e supervisionado.
Durante nove meses, os participantes foram acompanhados e, nos últimos três meses, uma sessão semanal contou com a ajuda de um aplicativo. Todos os voluntários receberam um dispositivo para monitorar suas atividades diárias e, a cada trimestre, responderam a questionários sobre aspectos físicos e mentais, incluindo a síndrome da fadiga, que é comum em pacientes com doença de mama avançada.
Karen Steindorf, do Centro Alemão de Pesquisa do Câncer (DKFZ) e Centro Nacional de Doenças Tumorais (NCT) Heidelberg, na Alemanha, destacou a importância de um bom gerenciamento dos sintomas relacionados à doença e à terapia, especialmente para mulheres com câncer de mama metastático. O projeto foi financiado pela União Europeia e coordenado pelo Centro Médico Universitário de Utrecht, na Holanda.
Antes do início do estudo, metade dos participantes relatou fadiga acima do limite considerado clinicamente relevante, além de baixo funcionamento físico, dor e falta de ar. No entanto, aqueles que praticaram atividade física experimentaram melhorias significativas na fadiga, falta de ar e dor a partir do sexto mês de treinamento, mantendo esses benefícios até o final do estudo.
Os pesquisadores enfatizaram que, embora estudos anteriores tenham demonstrado os benefícios do exercício para pacientes nos estágios iniciais do câncer de mama, havia uma lacuna de informações para pacientes com quadros metastáticos. Os resultados do estudo mostraram que o treinamento estruturado pode melhorar significativamente a qualidade de vida e permitir que pacientes com câncer de mama avançado tenham uma vida mais ativa e participativa.
Karen Steindorf ressaltou que os dados obtidos fornecem evidências sólidas para recomendar a participação de pessoas em estágios avançados da doença em programas de treinamento direcionados. A pesquisa demonstrou não apenas melhorias físicas, mas também uma maior participação na vida social, destacando a importância do exercício para o bem-estar global dos pacientes com doença de mama avançada.
Fonte: @ Veja Abril
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