Iniciativa brasileira combate septicemia com unidade de terapia intensiva, células de defesa, reduzindo estresse no quadro nos hospitais, ajuste de protocolos de atendimento.
Quando um paciente apresenta sinais de infecção generalizada, a família pode se sentir desconfortável e assustada com a perspectiva de possíveis consequências. A sepse é uma condição médica grave e potencialmente fatal que pode ocorrer quando o corpo não consegue controlar uma infecção. É importante lembrar que a sepse é um sinal de alerta para os médicos, que precisam agir rapidamente para prevenir a septicemia.
A septicemia é um termo que se refere especificamente a uma infecção generalizada no sangue, que pode causar danos orgânicos e comprometer o funcionamento dos órgãos vitais. No entanto, é importante notar que a sepse pode evoluir para septicemia se não for tratada adequadamente. A sepse é uma condição que pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecções bacterianas, fúngicas ou virais, e pode afetar pessoas de todas as idades. A sepse é um sinal de alerta para os médicos, que precisam agir rapidamente para prevenir a septicemia e garantir o tratamento adequado.
Depois da Sepse: Uma Luta contra o Tempo
A sepse, uma condição crítica que assola as unidades de terapia intensiva (UTI) brasileiras, é caracterizada pelo ataque devastador das células de defesa contra o próprio organismo. Este ataque, desencadeado por algum tipo de estresse, como a disseminação de bactérias na circulação, pode levar a uma falência rápida dos órgãos e a um desfecho fatal se medidas de contenção não forem adotadas a tempo. Com a alta taxa de mortalidade por septicemia no Brasil, o que representa 60% das mortes em comparação com 15% a 20% em países como Austrália, Reino Unido e EUA, é imprescindível que profissionais de saúde estejam preparados para lidar com essa ameaça.
A Jornada Sepse Zero, uma iniciativa que busca conscientizar e treinar médicos e profissionais de saúde para mitigar o impacto da sepse, é liderada pela cardiologista e intensivista Ludhmila Hajjar. ‘A natureza da palavra ‘sepse’, que deriva do termo grego para ‘decomposição’, permite compreender quão crítico é o estado do paciente nessas circunstâncias’, destaca Hajjar. O tratamento da sepse é realizado com medicamentos presentes no dia a dia dos hospitais, como antibióticos, mas o atendimento não sempre chega no momento certo, e a piora pode ser repentina.
A Jornada Sepse Zero busca sensibilizar os profissionais que atuam em unidades de emergência sobre a chamada ‘hora de ouro’, os primeiros sessenta minutos que serão cruciais para intervir com êxito. ‘O paciente começa a ficar confuso, a frequência cardíaca sobe, a pressão arterial cai’, descreve Hajjar, que acaba de conduzir um curso para mais de 800 médicos brasileiros. Além da falta de conhecimento técnico entre os profissionais à beira do leito, um dos desafios da sepse é a ausência de uma padronização nos protocolos de atendimento no país.
A falta de padronização nos protocolos de atendimento contribui para as 240 000 mortes anuais registradas por sepse no Brasil. Uma pesquisa com 307 médicos feita pela empresa Território Saber, criadora do curso, revela que apenas 65% dos profissionais administram o tratamento correto no período oportuno e metade considera ‘intermediária’ sua qualificação para manejar a situação. ‘O que eles fizeram foi investir na educação continuada das equipes e na manutenção de um número adequado de profissionais para dar suporte aos pacientes’, diz Leandro Taniguchi, médico da UTI Clínica do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nesse sentido, é fundamental esclarecer que a internação não é o fator determinante para a ocorrência da sepse.
De cada dez pessoas hospitalizadas, sete sobrevivem, afirma Hajjar. É um horizonte a ser contornado com padrões de monitoramento dos sinais vitais e ações imediatas tomadas com rigidez. A meta se torna mais viável com o apoio da tecnologia, sobretudo a inteligência artificial. Hospitais nacionais já contam com ferramentas capazes de predizer prováveis exacerbações inflamatórias – o primeiro passo para um tratamento mais eficaz.
Fonte: @ Veja Abril
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