MEC reúne líderes de comunidades, acadêmicos, professores e indígenas em São Luís (15/8) para discutir instituição. Presentes: Secadi, Uema, UFMA, Grupo de Trabalho, Funai, MPI e Portaria #350. MEC, Sec. Educação, continua alfabetização, univ. representantes, Funai, MPI, Portaria.
O Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos (Secadi), realizou uma reunião, no dia 15 de agosto, com estudantes, docentes e representantes indígenas para debater a concepção e execução de uma Universidade Indígena.
A proposta visa fortalecer a educação superior voltada para as comunidades nativas, promovendo a valorização da cultura e conhecimentos tradicionais. Além disso, a criação da Universidade Indígena poderá contribuir para a expansão de instituições de educação superior em diferentes multicampi ou polos, atendendo às demandas específicas dessas populações.
Ministério da Educação promove 11º Seminário sobre Universidade Indígena em São Luís (MA)
O Ministério da Educação (MEC) realizou mais um encontro para discutir a criação da tão aguardada Universidade Indígena, que visa atender às demandas dos povos originários. O evento, que marcou o 11º seminário da série, aconteceu em São Luís (MA) e contou com a presença de representantes de diversas etnias indígenas, incluindo Guajajara, Krikati, Gavião e Kanela.
Além dos povos indígenas, o seminário também contou com a participação de representantes da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e do Ministério dos Povos Indígenas (MPI). Essa iniciativa faz parte de um ciclo de diálogos que percorrerá 13 estados brasileiros ao longo de dois meses, com o objetivo de consultar os povos indígenas sobre suas necessidades e expectativas.
O Grupo de Trabalho, instituído pela Portaria #350, de 15 de abril, tem desempenhado um papel fundamental nesse processo de consulta e construção da Universidade Indígena. As cerimônias são realizadas em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com o MPI, reforçando o compromisso com a inclusão da educação indígena nas políticas públicas brasileiras.
De acordo com a Funai, o Brasil abriga atualmente 305 povos indígenas, tornando a criação da Universidade Indígena uma demanda urgente e necessária. A educação indígena é uma pauta histórica dos povos originários, e a implementação de instituições de educação superior multicampi ou polos é vista como um passo crucial para garantir a participação e gestão dos indígenas em todo o processo.
Os seminários anteriores, realizados em diversas cidades do país, têm sido fundamentais para ampliar o diálogo e a participação dos povos indígenas nesse processo. A próxima reunião está agendada para Belém (PA), no dia 23 de agosto, e contará com a presença de representantes do Pará e do Amapá.
A criação de universidades indígenas e outras instituições de educação superior multicampi ou polos é uma reivindicação antiga dos povos originários, que buscam maior autonomia e participação na gestão e definição de políticas educacionais. Essa demanda foi apresentada nas Conferências Nacionais de Educação Escolar Indígena (Coneei) I e II, realizadas em 2009 e 2018, reforçando a importância desse debate para a melhoria da qualidade da educação escolar indígena em todo o país.
A Universidade Indígena representa um marco na luta pela valorização e reconhecimento dos saberes e culturas dos povos originários, e sua criação é um passo significativo rumo à construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária. A colaboração entre o MEC, a Secadi, a Funai e demais instituições envolvidas é essencial para garantir o sucesso desse projeto inovador e transformador.
Fonte: © MEC GOV.br
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