Izabel foi diagnosticada com Síndrome de Down aos 35 anos. Dia Mundial da Síndrome de Down – fim dos estereótipos. Alimentação correta, exercícios e consultas médicas.
Por pura coincidência, em uma consulta com um médico especialista em genética, a dona de casa Izabel Rodrigues Monteiro da Silva, de 70 anos, acabou descobrindo que seu filho tinha Síndrome de Down.
Esse diagnóstico inesperado trouxe para Izabel a necessidade de se informar mais sobre o mongolismo, para entender melhor as necessidades e particularidades de seu filho.
Diagnóstico de Síndrome de Down
À época, a mulher, que tinha 35 anos e estava casada há oito anos, decidiu buscar ajuda de um médico especialista, devido à dificuldade em engravidar. Com isso, foi surpreendida com o diagnóstico de Síndrome de Down, uma alteração genética causada por uma divisão celular atípica que resulta na trissomia do cromossomo 21. Mesmo sem suspeitar da condição, Izabel enfrentou o preconceito comum da época, sendo chamada de ‘mongolismo’ pelo médico.
A mulher contrariou as evidências científicas e, menos de um ano depois da consulta, tornou-se mãe de Cristinna, uma menina sem Down. Izabel é um caso raro de uma mulher com a síndrome que se torna mãe, desafiando padrões estabelecidos pela ciência.
Desenvolvimento Cognitivo
Izabel cresceu em uma comunidade rural, onde as dificuldades comuns em pessoas com Síndrome de Down eram atribuídas a outras questões, como ser a caçula de uma família numerosa. Características como rosto mais arredondado, olhos mais puxadinhos e mãos pequenas passaram despercebidas pelos familiares, que não tinham acesso à saúde e à informação necessária.
Ao longo da vida, a deficiência intelectual de Izabel tornou-se mais evidente, mas isso não a impediu de construir uma família e se tornar uma mulher independente. O estímulo caseiro e o apoio da família foram essenciais para seu desenvolvimento cognitivo.
Expectativa de Vida
Estudos internacionais mostram que a expectativa de vida de pessoas com Síndrome de Down tem aumentado significativamente nas últimas décadas, chegando a cerca de 60 anos nos dias atuais. Avanços na medicina, como cirurgias cardíacas, contribuíram para a longevidade desses pacientes, que estão se tornando idosos e mais independentes.
Pessoas com Down vivenciam as mesmas doenças crônicas do envelhecimento que a população em geral, sendo importante manter o acompanhamento médico e estimular a autonomia. O Alzheimer pode se manifestar precocemente nessas pessoas, mas isso não deve limitar suas atividades e conquistas.
Dia Mundial da Síndrome de Down
No Dia Mundial da Síndrome de Down, é importante destacar a luta contra estereótipos e a busca pela inclusão social. A conscientização sobre a condição e a promoção de oportunidades educacionais e sociais são fundamentais para garantir os direitos dessas pessoas.
O tema deste ano, ‘Fim dos estereótipos’, reforça a importância de respeitar a individualidade e autonomia das pessoas com Down. É essencial combater a infantilização e superproteção, permitindo que essas pessoas alcancem sua independência e participem ativamente na sociedade.
Fonte: © CNN Brasil
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